quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Iniciação ao Aquário de Água Doce

Contributo de Thomas Narten
Tradução de Paulo Pires

Bem-vindo ao maravilhoso mundo dos aquários. Esta FAQ fornece-lhe conselhos e orientação que o ajudarão ter sucesso. Embora este seja um documento de Iniciação ao Aquário de Água Doce, (gentes da Água Salgada: leiam a Inciação ao Aquário de Água Salgada), inclui muita informação que se aplica a ambos os tipos de aquários: água salgada e água doce.
Esta FAQ é um trabalho em curso, se existir alguma coisa que você seinta que ficou de fora por favor envie uma sujestão (em Inglês) para o autor ou para o grupo de trabalho das FAQ. Veremos se poderá ser adicionada à próxima versão. A equipa das FAQ
Direitos de Autor

As FAQ existem graças à contribuição dos participantes na Net e, como tal, pertencem aos leitores dos newsgroups de aquariofilia. Os artigos com menção estão sujeitos aos direitos dos respectivos autores. Cópias das FAQs podem ser feitas livremente desde que distribuidas gratuitamente e incluídos os autores e a reserva de direito


Fonte: http://fins.actwin.com/mirror/pt/begin.html

MUITO BOM ! RECOMENDO ! NÃO DEIXEM DE LER !

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Fibra de coco e bagaço de cana limpam água poluída

O professor Joselito N. Ribeiro, da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES, está coordenando uma pesquisa que utiliza resíduos orgânicos de baixo valor, como fibra de coco e bagaço de cana, na despoluição de águas contaminadas com medicamentos, pesticidas, corantes e metais.
A eliminação destes poluentes usa, hoje, carvão ativado, produto com alto custo, tanto financeiro quanto ambiental.  Já o método empregado pelos pesquisadores capixabas é bastante simples, fácil de ser aplicado e ainda aproveita sobras que, do contrário, lotariam os aterros sanitários.
A equipe da UFES recolheu cocos descartados nas praias de seu Estado, os esterilizou em laboratório e, em seguida, os triturou em um liquidificador industrial. O mesmo processo foi realizado com bagaço da cana. O material obtido desta forma foi então utilizado em estações de tratamento de água como barreira filtrante.
As análises da água que atravessou este filtro natural indicaram que ele “é capaz de remover quantidades significativas de alguns poluentes”, conforme comentou o professor Ribeiro. As pesquisas, realizadas com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo – Fapes, vão prosseguir para que os resíduos do coco e da cana sejam transformados, oficialmente, em componentes de filtros de estação de tratamento.
Outras pesquisas já utilizaram a casca de bananas para o mesmo fim.
Com informações da revista Globo Rural.

fonte: http://www.comunidadebancodoplaneta.com.br/profiles/blogs/1741754:BlogPost:454775

sexta-feira, 21 de junho de 2013

REMOVEDOR DE AMÔNIA FEITO DE MINERAL HIGIÊNICO PARA GATOS


Olá pessoal!

Um aquário como todos sabem, será um ambiente totalmente isolado do habitat natural dos nossos peixes e etc. Na natureza, os poluentes (fezes, urina, folhas, comida...) são rapidamente diluídos, transformados e reabsorvidos pela imensa cadeia alimentar que consiste um rio, o mar, lagoas... Agora no aquário, tudo tende a se acumular e em poucos dias os habitantes poderão ser intoxicados. Cabe a nós sabermos com o que estaremos lidando e como combater.

Amônia

Eis a nossa Perpétua rival, pois tudo que for orgânico dentro do aquário, eventualmente irá se decompor liberando amônia e seus derivados na coluna d’agua, mesmo em pequenas quantidades pode matar os peixes, principalmente em Ph alcalino, até mesmo os peixes a liberam durante a respiração. Portanto, cuidado ao alimentar seus peixes, muita comida se reflete em mais amônia. Dessa forma, a filtragem eficiente começa com a escolha do tamanho do aquário e a quantidade de peixes que viverão nele. E como todos nos desejamos ter peixes saudáveis, a primícias de que quanto mais água e menos peixes melhor, se faz verdadeira.

O controle da amônia é o principal foco que devemos ter, não podemos impedir que ela se forme em nossos aquários, mas podemos limitar sua produção, utilizando a sifonagem diária ou no máximo semanal, como o principal método de filtragem mecânica, pois os detritos que ficam acumulados no fundo são retirados do sistema antes que comecem a se decompor. Há também mídias especificas pra esse fim que ficam dentro do filtro, tais como: perlon, esponjas, cerâmicas e etc. E através do fluxo de água entre elas, acabam retendo detritos em suspensão, mas devem ser limpas periodicamente, pois o que foi retido, começará a se decompor também.

E pra ajudar na batalha, podemos contar também com um mineral de origem vulcânica que absorve amônia (Zeólita – Aluminossilicato Clipnotilolita) que é vendido por empresas conceituadas do ramo já beneficiado e pronto pra usar (Ammo-Chips, Aquaclear, Anti-Ammonia Rock, etc...).

Mas como o nosso intuito é amenizar custos, felizmente também pode ser encontrado na forma bruta (bem mais barato) como mineral higiênico para gatos (Celcat) ou areia de gato (Tidy Cats).

As pedrinhas do mineral devem ser enxaguadas preferencialmente dentro daquele bag pra carvão ativo, deve ser manuseado com cuidado pra não esfarelar e após estar acomodado dentro do filtro, como também acontece com o carvão, o ideal é coletar o primeiro litro de água que passar por entre as mídias, evitando assim que sedimentos fiquem flutuando na coluna d’agua.

E o melhor... Podem ser reativadas indefinidamente... Pra isso basta fervê-las em água com sal grosso por 15 minutos.

Abraços!

FONTE: http://aquapeixes.forumeiros.com/t379-removedor-de-amonia?highlight=removedor

FILTRO DE METAIS PESADOS FEITO DE CASCA DE BANANA


Cascas possuem baixo custo e não precisam de qualquer modificação química para funcionarem na captura dos metais pesados

Filtro de casca de banana

O velho clichê de atirar fora as cascas de uma banana não faz justiça às mil e uma utilidades já descobertas para esse biomaterial.

Muito além de dar tombos nos outros, as cascas de banana são usadas em receitas culinárias, para polir pratarias, limpar sapatos e outros objetos de couro e até para limpar as folhas das plantas no jardim.

Agora, um grupo de pesquisadores da UNESP, em Botucatu, adicionou mais uma utilidade para elas: a purificação de água contaminada com metais potencialmente tóxicos.

Gustavo Castro e seus colegas descobriram que a casca de banana picada é um purificador de água tão ou mais eficiente do que vários outros materiais disponíveis destinados a cumprir essa função.

Banana para os metais pesados

Inúmeros processos industriais - incluindo a mineração, o escoamento de rejeitos das fazendas e os mais conhecidos rejeitos industriais - lançam vários metais pesados, como cobre e chumbo, nos cursos d'água, com efeitos adversos para a saúde e o meio ambiente.

Os métodos atuais para remover metais pesados da água são caros e, paradoxalmente, algumas das substâncias usadas nesses processos são tóxicas.

Trabalhos anteriores já demonstraram que alguns resíduos de origem vegetal, como fibras de coco e cascas de amendoim, são capazes de remover esses metais pesados da água.

Foi isto o que inspirou Renata Castro a efetuar experimentos com cascas de banana picada, com vistas a verificar se o material também pode atuar como purificador de água.

Purificador barato

Os experimentos realizados por Renata revelaram que a casca de banana picada consegue remover rapidamente o chumbo e o cobre diretamente a partir da água de um rio.

A eficiência verificada foi equivalente ou melhor do que uma série de outros materiais já testados para o mesmo fim.

Um aparelho de purificação de água à base de casca de banana pode ser usado até 11 vezes sem perder suas propriedades de captura dos metais.

A equipe brasileira acrescenta que as cascas da banana são muito atraentes como purificadores de água devido ao seu baixo custo e porque elas não precisam de qualquer modificação química para funcionarem na captura dos metais pesados.


Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br/

quarta-feira, 12 de junho de 2013

QUE ITENS OBSERVAR NOS PARÂMETROS DE ÁGUA DO SEU AQUÁRIO


A importância do monitoramento dos parâmetros da água!

Ter um aquário, ou ser um aquarista não se resume apenas em colocar água e peixes em um recipiente de vidro. A arte do aquarismo vai bem além disso, e nesse pequeno artigo, veremos de forma resumida os principais parâmetros da água podem afetar a vida dos peixes e dos organismos vivos que nela habitam. 

A água na natureza raramente é pura no sentido de "água destilada",contém sais dissolvidos, substâncias tampão, nutrientes, etc., com concentrações várias dependendo das condições locais. Os peixes (e as plantas) evoluíram ao longo de milhões de anos para as condições de água especificas dos seus habitats e podem não conseguir sobreviver em ambientes significativamente diferentes.

Quanto menor o aquário, mais difícil é a manutenção dos parâmetros da água. Alguns conceitos químicos são bastante úteis para a manutenção de peixes e plantas saudáveis no aquário. Dentre esses, o mais importante de ser compreendido é o pH, sendo que os outros são menos usados, e são aplicados normalmente quando se tenta manter espécies mais sensíveis no aquários.

Os peixes que criamos em nossos aquários como ornamentais são provenientes de diversas partes do mundo aonde habitam águas com características químicas específicas, nas quais as espécies evoluíram ao longo dos tempos, e para as quais estão adaptadas. É necessário conhecer um pouco as necessidades das espécies que nós queremos criar, para dar aos peixes um habitat com condições semelhantes ao seu ambiente de origem.

Para que os peixes mantenham o seu meio interno estável, eles estão continuamente fazendo trocas com o meio externo (a água do ambiente) através de absorção, secreção e excreção. Condições incorretas da água vão afetar as trocas de nutrientes e produtos de excreção por meio da membrana celular e podem afetar a fertilidade, o funcionamento de órgãos internos e o crescimento, causando prejuízo a saúde dos peixes.

Oxigênio

Os organismos vivos utilizam o oxigênio para a respiração e produção de energia. No aquário esse oxigênio se dissolve na água por meio do contato com o ar, sendo utilizado então pelos peixes, bactérias nitrificantes (bactérias benéficas) e plantas, elas produzem-no durante o dia, por meio da fotossíntese, e consomem-no durante a noite. Quanto mais agitada a superfície da água, maior será a troca gasosa com o ar e maior será a quantidade de oxigênio que entrará na água. Outra forma de aumento da quantidade de oxigênio dissolvido na água é pela fotossíntese das plantas. 

Os peixes absorvem o oxigênio pelas brânquias e se a quantidade de oxigênio não for suficiente sua saúde pode ser afetada causando até a morte do peixe. Já que o peixe consome oxigênio na respiração, a tendência é que o oxigênio diminua com o passar das horas. As bactérias nitrificantes também consomem muito oxigênio para “quebrar” a matéria orgânica acumulada na água do aquário. Todo esse consumo de oxigênio deve ser compensado por uma boa aeração do filtro ou por uma bomba dedicada a essa tarefa. Um aquário com 4mg/l de oxigênio dissolvido está dentro dos padrões mínimos aceitáveis para a maioria das espécies de peixes. 

O oxigênio dissolvido não é um fator que deve causar pânico ao aquarista, pois dificilmente um aquário apresenta problemas por esse motivo, já que os filtros mais modernos cumprem muito bem o seu papel na oxigenação. A temperatura da água tem efeitos na solubilidade do oxigênio na água. Assim maiores níveis de oxigênio são encontrados em águas mais frias, e uma menor oxigenação em águas mais quentes.

Temperatura.

Os cuidados com os parâmetros da água, não se restringem a parâmetros químicos. A temperatura é um parâmetro que é de vital importância para o aquário. Uma variação brusca na temperatura da água pode ser muito prejudicial a vida no aquário. Cada espécie de peixe prefere uma faixa de temperatura, tome cuidado para não misturar peixes de temperaturas diferentes (isso serve também para o pH). Aquários de peixes tropicais, devem obrigatoriamente possuir um aquecedor para que a variação de temperatura seja a mínima. 

Para que se possa controlar a temperatura é preciso também de um termômetro que irá medir a temperatura atual da água. Nas trocas parciais de água, evite colocar a água nova em uma temperatura muito diferente da encontrada no aquário, principalmente no inverno onde a água de torneira se encontra em uma temperatura bem abaixo da maioria dos aquários.

A tolerância de espécies a temperaturas variadas também é bastante notada em aquários. Por exemplo, Discos (Symphysodon aequifasciata) tem baixa tolerância a temperaturas inferiores a 28°C já Carpas sobrevivem a até 4°C.

Como sabemos peixes são animais pecilotermos, logo o seu metabolismo acompanha a temperatura do ambiente. Para aquários marinhos com corais este é um quesito de extrema importância pois muitas espécies de corais morrem com temperaturas superiores a 30°C e inferiores a 25°C.

* Para saber a classificação dos peixes quanto a temperatura leia este Tópico.

Dióxido de Carbono

O Dióxido de Carbono (CO2) é liberado na água como subproduto da respiração de plantas e peixes. Este gás tem como função fornecer o elemento carbono para que as plantas o utilizem na síntese da glicose durante a fotossíntese. É um parâmetro muito importante que deve ser observado principalmente em aquários plantados porque ele é fundamental para a fotossíntese das plantas. Em níveis muito altos, o Dióxido de Carbônico pode matar os peixes intoxicados e em níveis muito baixos as plantas irão morrer por não conseguirem fazer a fotossíntese. Aquaristas que não possuem plantas naturais em seus aquários devem apenas se preocupar em manter uma boa movimentação na superfície da água, pois de mesma forma que o oxigênio, o CO2 consegue sair da água quando em contato com o ar. O ph da água também é afetado pala quantidade de CO2 dissolvido na água e, quanto maior for essa quantidade menor será o pH. Leia mais sobre o Dióxido de Carbono.

Ph (POTENCIAL HIDROGENIÔNICO).
O potencial hidrogeniônico, mais conhecido como pH, mede a alcalinidade ou acidez de um meio. Sua escala vai de 0 a 14: se o pH tiver o valor 7, a água é neutra; se o pH for inferior a 7, a água é ácida; se o pH for superior a 7, a água é alcalina.

O pH nos diz se a água é neutra, ácida ou básica (alcalina) e em que grau. A molécula de água H2O se dissocia em H+ e OH-, que reagem com outros componentes dissolvidos na água, podendo deixar H+ ou OH- em excesso na água. Quando o excesso é de H+ a água é dita ácida, quando é de OH- a água é básica, e quando os dois estão em proporções iguais, temos uma água neutra. A escala usada para medir o pH é logarítmica e vai de 0 a 14, sendo 7 o valor da água neutra. Os valores inferiores a 7 são ácidos e os superiores alcalinos.

A maioria das espécies aceitam valores de pH um pouco diferente do seu habitat natural. É importante lembrar que a escala do pH é logarítmica, ou seja, um pH de 6.2 é dez vezes mais ácido do que um de 7.2, daí a importância dos décimos, então quando dizemos que os peixes aceitam pequenas variações, estas variações são de aproximadamente 0.2. Uma variação maior que 0.3 por dia já é prejudicial à saúde do aquário (a expressão "saúde do aquário" se refere aos peixes, plantas, bactérias, algas, etc.).

Para se medir o pH da água do aquário, existe hoje no mercado, a baixo custo, os chamados testes de pH, porém mesmo com o uso destes produtos é muito difícil ajustar o pH, por que depois de algum tempo o pH tende a voltar aos valores antigos. Isto porque na maioria das vezes é ignorada a dureza carbonatada da água (KH).

A medição é feita colhendo uma pequena quantidade de água do aquário e adicionando algumas gotas do reagente. Faz-se então, a comparação da cor resultante com uma tabela de cores com valores de pH fornecida junto com o produto. O monitoramento do pH deve ser feito tanto na água do aquário, para verificar se está de acordo com os peixes presentes nele, como deve ser feita também na água das trocas parciais, que também devem estar no mesmo pH do aquário. Caso seja necessário corrigir o pH tanto para cima como para baixo, basta adquirir produtos corretivos específicos para esse fim. Leia sobre Acidificantes Naturais.

Cada espécie aquática tem um pH considerado ideal, onde ela exerce todas as suas atividades sem problema algum. Isso não quer dizer que uma espécie, se colocada em um pH diferente do seu ideal, irá perecer. Na realidade, pouquíssimas mortes de peixes são causadas por pH, o que é perigoso é a sua variação, mesmo que seja retirando um espécime de um pH e colocando-o no seu ideal. Deste modo, caso você tenha um peixe em um pH não-ideal, é preferível deixá-lo onde está (caso ele esteja vivendo bem) a transferi-lo para uma água de pH ideal sem cuidado algum.

* Para saber a classificação dos peixes quanto ao pH leia este Tópico.

Cloro e Cloramina.

A água encanada das cidades possui cloro para que possíveis bactérias possam ser mortas e a água fique saudável para o consumo humano, este é muito solúvel em água então algumas empresas estão adicionando cloramina, menos solúvel. Por outro lado, estes compostos no aquário é extremamente tóxico para os peixes e pode matar as bactérias nitrificantes destruindo o equilíbrio biológico do aquário. Por isso, nunca adicione água de torneira diretamente no aquário e sempre faça o teste de Cloro para verificar se a água está realmente sem esse gás. Caso seja constatada a presença do Cloro na água, utilize produtos removedores de Cloro ou deixe a água descansando em um recipiente por 48h que o Cloro sairá da água naturalmente. Leia mais sobre o Cloro e a Cloramina.

Amônia

Os compostos orgânicos como resto de comida, fezes e urina dos peixes, folhas ou peixes mortos, formam rapidamente a Amônia (NH3) passando pelo ciclo do nitrogênio. Esse composto químico é terrivelmente tóxico aos peixes, níveis de 0,02 mg/l podem ser tóxicos aos peixes a longo prazo e níveis maiores do que 0,02mg/l poderão matar os peixes em pouco tempo, questão de horas. A Amônia pode causar nos peixes a destruição das brânquias, dificuldade na respiração, destruição da camada de muco protetora da pele, sangramentos internos e externos, doenças, natação irregular, e suicídio (quando o peixe pula para fora do aquário). O desejado é que a Amônia fique sempre ausente na água do aquário, por isso utilize testes de Amônia frequentemente e caso o teste de valores alterados procede imediatamente uma troca parcial de água de pelo menos 50% e tente descobrir o que está ocasionando essa alta na Amônia. Leia mais sobre o Ciclo do Nitrogênio.

Nitrito 

As bactérias nitrificantes (Nitrosomonas spp.) presentes no filtro biológico do aquário utilizam o oxigênio e convertem a Amônia para um composto bem menos tóxico, o Nitrito (NO2). Apesar de o Nitrito ser menos tóxico que a Amônia, ele ainda é perigoso na água do aquário e também pode ocasionar a morte dos peixes. É normal observar um aumento no Nitrito (curtos períodos) em aquários novos e quando peixes são adicionados ao aquário. Níveis letais desse composto irão variar muito para cada espécie de peixes, mas em geral, níveis acima de 0,2mg/l podem ser mortais. O envenenamento por Nitrito tem, como um dos sintomas, problemas na respiração do peixe.

Nitrato

O Nitrato (NO3) é o resultado da conversão do Nitrito pelas bactérias benéficas do aquário e é o produto final da filtragem biológica. Da mesma forma que a Amônia é convertida pelas bactérias Nitrosomonas spp. em Nitrito, as bactérias Nitrobacter spp convertem o Nitrito em Nitrato. O Nitrato é bem menos tóxico que a Amônia e o Nitrito, mesmo assim, em altas concentrações pode ser prejudicial aos peixes. As maiorias dos peixes possuem uma tolerância ao Nitrato que varia de 50 a 250mg/l, mas existem peixes que conseguem tolerar níveis mais altos ainda. A saúde dos peixes é afetada de forma indireta pelo Nitrato. Em altas concentrações desse composto, o peixe pode ficar estressado diminuindo assim a sua imunidade natural a doenças. Com o tempo, a água do aquário vai ficando com cada vez mais quantidade de Nitrato e esse composto não consegue sair da água poração do filtro biológico. A forma mais fácil de diminuir a quantidade de Nitrato na água é com a troca parcial de água, a famosa TPA. Dessa forma, removendo uma parte da água e completando com água nova, o nitrato restante no aquário será diluído diminuindo assim a sua concentração. O carvão ativado não consegue remover o Nitrato ou outros íons na água do aquário. A Zeólita pode ser utilizada para esse fim, veja um processo FVM de remoção.

KH (Dureza Carbonatada).
A dureza carbonatada também é conhecida como alcalinidade (alkalinity), potencial alcalino, ou capacidade de tamponamento. Mas na realidade a dureza carbonatada se refere apenas aos carbonatos e bicarbonatos dissolvidos na água, pois existem outros compostos, inclusive alguns fosfatos, silicatos e outros que também possuem o efeito tampão. A efeito tampão refere-se à capacidade da água de manter estável o seu pH à medida que se adicionam ácidos ou bases. A capacidade tampão e o pH estão interligados, embora se pudesse pensar que adicionar iguais volumes de ácidos e de água neutra resultasse num pH intermédio, isto raramente acontece na prática. Se a água tem capacidade tampão suficiente, esta absorve e neutraliza o ácido adicionado De modo Didático pode-se explicar que o efeito tampão age como uma esponja. À medida que se adiciona mais ácido, a "esponja" absorve o ácido sem grande alteração do pH. No entanto a capacidade tampão é limitada, assim que se gasta, o pH muda mais rapidamente à medida que se adiciona ácido.

Os testes de KH existentes no mercado também medem a alcalinidade total, e não apenas os carbonatos e bicarbonatos dissolvidos na água. A alcalinidade é a medida da capacidade tamponante total de ácido, ou seja, de todos os anions que podem se ligar a ions H+ livres na água, impedindo assim a queda do pH. No aquário de água doce, os termos "dureza carbonada", "capacidade tamponante" e "alcalinidade" são usados como sendo sinônimos. Mas o termo KH não deixa de ser correto, pois nos aquários os principais compostos alcalinos são os bicarbonatos e os carbonatos.

KH é o responsável pelo "efeito tampão", que é a capacidade de manter o pH estável, mesmo com a adição de ácidos ou bases (compostos alcalinos). Deste modo o pH está intimamente relacionado com o KH. Se um aquário está com o KH alto, será muito difícil alterar o seu pH, enquanto que se estiver com o KH baixo é muito difícil manter o pH estável, estando a água sujeita à grandes variações de pH. No entanto não podemos pensar no KH em termos de quanto maior melhor. Naturalmente que é bom se pudermos manter um pH estável. Até porque o ciclo do nitrogênio produz nitrato, que é a mesma coisa que ácido nítrico. O nome diz tudo. O Nitrato é ácido, e, naturalmente pode contribuir para uma queda do pH ao longo do tempo.

Algumas pessoas acham que, tendo um KH elevado, o pH também será elevado, mas isto não é verdade, pois se tivermos uma quantidade de compostos ácidos superior à capacidade de absorção do KH, o pH pode ser extremamente baixo (já vi um aquário com KH 7° e pH 6.5). O contrário também é possível pois podemos ter compostos alcalinos com poucos carbonatos, ou seja pH alto e KH baixo. Então se você está tendo problemas com o pH é bom verificar o KH.

GH (Dureza Geral).
Muitas vezes o KH (dureza carbonatada) é confundido com o GH (dureza geral). O GH refere-se à concentração de magnésio e cálcio dissolvidos na água. A relação do GH com o pH é muito pequena, mas ele é importante para algumas espécies de peixes e plantas mais exigentes. Pergunte para o vendedor as exigências das espécies que você pretende comprar, se ele não souber informar, e nem se preocupar em descobrir, é bom mudar de loja, afinal já pensou como vivem, ou sobrevivem os peixes e plantas em uma loja destas? Apenas cuidado para não confundir GH com KH.

Embora o pH, o KH e o GH são propriedades distintas, todas interagem entre si a vários níveis, tornando difícil ajustar uma sem qualquer impacto nas outras. Isto é uma das razões porque os aquariofilistas principiantes são aconselhados a não mexer nestes parâmetros a não ser em caso de absoluta necessidade. Por exemplo, as fontes calcárias fornecem normalmente água "dura". O calcário contem carbonato de cálcio, que quando dissolvido na água aumenta o GH (do cálcio) e o KH (dos carbonatos). Aumentando o KH normalmente também se aumenta o pH. Conceptualmente, o KH atua como uma "esponja" absorvendo o ácido presente na água, aumentando o pH desta.

A dureza da água segue as seguintes linhas de orientação. A unidade dH significa "grau de dureza", enquanto ppm significa "partes por milhão", o que é sensivelmente equivalente a mg/L de água. 1 unidade dH equivale a 17,8 ppm CaCO3. Muitos kits de teste dão a dureza em unidades de CaCO3; isto significa que a dureza é equivalente a essa quantidade de CaCO3 na água mas não significa que provenha efetivamente do CaCO3. 

 Níveis de Dureza.

0 - 4 dH, 0 - 70 ppm : muito macia
4 - 8 dH, 70 - 140 ppm : macia
8 - 12 dH, 140 - 210 ppm : dureza média
12 - 18 dH, 210 - 320 ppm : alguma dureza
18 - 30 dH, 320 - 530 ppm : dura
superior: rocha liquida (Lago Malawi e Los Angeles, CA)

DH.

O grau de dureza da água está condicionado à quantidade de sais que ela contém e é definido pelo símbolo dH. O dH indica a quantidade de matéria mineral dissolvida em uma determinada água. Para o aquariofilista interessa principalmente os sais de calcário.

Uma água dura ou bastante mineralizada é a que contém uma grande quantidade de sais de calcário. Inversamente, uma água mole ou pouco mineralizada é a que possui uma pequena percentagem desses sais.

A escala de dH vai de 0° (muito mole) à 25° (muito dura). A maioria dos peixes adapta-se à uma variação de 9-14°. Entretanto, para alguns é preciso manter condições muito precisas para que eles reproduzam e sobrevivam por muito tempo.

Água mole ou pouco mineralizada------------------ 0° a 5° 
Mediamente mineralizada-------------------------- 5° a 12° 
Dura ou muito mineralizada---------------------- 12° a 20° 
Muito dura------------------------------------------ 20° a 25°

Densidade.

Costuma ser medida em aquários marinhos, com a diferença que a água dos oceanos sofre uma variação muito menor no decorrer de um dia do que a de um aquário. Algumas espécies são muito pouco tolerantes a estas variações só devendo ser criadas por aquaristas experientes.

CORREÇÃO DOS PARÂMETROS (pH , dH, KH, GH).

Antes, isso era um problema não muito simples de se resolver, mas hoje já se encontra no mercado uma larga variedade de produtos que corrigem esse tipo de problema à um custo irrisório. Estas correções devem ser feitas lentamente e sob rigoroso controle, para que os peixes não sofram com uma alteração brusca da composição química da água. Teoricamente, esses dois valores (pH e dH) não estão diretamente relacionados. Mas na prática, verifica-se que uma água pouco mineralizada apresenta um pH baixo, ou seja, tende a ser ácida. Igualmente, uma água muito mineralizada ou dura é, em princípio, alcalina.

Também existem alguns produtos, por enquanto apenas importados e por conseqüência caros, que ajustam automaticamente o pH. Estes produtos são conhecidos como tamponadores. Se você tiver dificuldade em ajustar o pH, estes produtos podem ser muito úteis, pois além de ajustar o pH automaticamente, ajustam também o KH evitando variações de pH.
Um peixe cuja água ideal seja ácida, se adapta muito bem em água alcalina. Já o peixe de água alcalina, não consegue se adaptar direito em água ácida. Troncos e alguns tipos de raízes e plantas, em grande quantidade, tende a deixar a água ácida. Búzios, conchas, estrela-do-mar e algumas rochas calcárias, deixam a água mais alcalina.

O método mais simples de diminuir o KH e o GH é realizar trocas parciais com água de dureza carbonatada e geral mais baixas. Mas lembre-se que toda alteração deve ser feita lentamente, pois mudanças bruscas estressam os peixes, podendo causar diversas doenças e até mesmo a morte. Outro método é colocar turfa ou xaxim na água, turfa podemos encontrar em lojas de aquário, e xaxim em floriculturas. O xaxim é mais barato, mas menos eficiente. Se for utilizar xaxim cuide para que ele seja "puro", pois como é utilizado para o plantio de flores e folhagens, muitos contém fertilizantes e outros compostos (fungicidas, bactericidas, inseticidas, etc.) que podem causar um grande estrago no seu aquário.

Se você pretende aumentar o KH, pode adicionar bicarbonato de sódio, encontrado em farmácias. Se você pretende elevar o GH e o KH, pode adicionar carbonato de cálcio (CaCO3). Toda adição deve ser feita lentamente e sempre devemos medir os valores algumas horas depois da adição, para verificar o quanto foi alterado.

Não se esqueça de monitorizar sempre, e muito de perto as alterações que ocorrem na água, num processo de alteração do KH, especialmente se estiver reduzindo-o. Se perder a capacidade de absorver e neutralizar os ácidos, o pH se tornará muito instável, e poderá ocorrer uma quebra súbita.

FONTE: http://aquapeixes.forumeiros.com/t648-parametros-da-agua

terça-feira, 26 de março de 2013

Fatores limitantes do crescimento dos peixes ornamentais


Um problema que costumamos enfrentar ao escolher peixes para povoar o aquário é o tamanho que os animais podem atingir. Quando se trata de pequenos caracídeos, alguns barbos ou mesmo alguns médios e grandes ciclídeos, o tamanho máximo não é problema, já que esses peixes atingem tamanho padrão, tornando simples dimensionar o tanque que irá abrigá-los.

Quando se trata do aquarismo denominado “jumbo” a coisa muda de figura. Peixes exóticos como alguns primitivos (gars e bichires) bem como alguns velhos conhecidos da aquariofilia como o pangassius, o pacu e o aruanã aparecem na literatura especializada como peixes que atingem grandes dimensões na natureza, mas e em aquários ? É comum vermos em algumas fichas de peixes pela Net um tamanho real, na natureza, e um tamanho reduzido, em cativeiro.

Mas o que ocorre realmente ? O peixe criado em aquário, dependendo da espécie, pode alterar sua dimensão original de forma tão significativa ? Essa alteração é sempre decorrente de tratamento inadequado ou o aquário pode limitar o crescimento havendo boas condições de vida ao animal, bem alimentado e com parâmetros bem similares ao do habitat original ?

Não raro vemos nos fóruns dedicados ao aquarismo dúvidas de iniciantes, e mesmo de aquariofilistas mais experientes acerca da matéria, e muitas vezes a resposta é vaga, baseada em fatores como atrofia pela falta de espaço ou somente cndições inadequadas.  Mas o que é condição inadequada.  Um peixe que vive normalmente em ambientes de milhões de litros, livre de compostos nitrogenados, certamente não estará em "condição adequada" mesmo em um tanque de 3.000 litros ou mais.  Em nossos aquários, por mais manutenção que se faça, a temperatura e os parâmetros não serão jamais iguais ao do habitat natural ... nosso esforço, assim, é sempre no sentido de propiciar o melhor ambiente possível, ainda que o melhor esteja sempre aquém do original.

Mas então porque vemos peixes de cinco ou dez anos de idade mantidos em cativeiro com tamanhos bem abaixo do máximo previsto ? Se a longevidade e a saúde não foram aparentemente afetadas, qual foi o motivo da falta de crescimento ?

Fatores hormonais, de iluminação e da ausência de nitrato concentrado na água encontrada na natureza são determinantes ao melhor desenvolvimento da espécie ? Nesse aspecto o material na Net é muito escasso, ficando a opinião do aquariofilista geralmente voltado exclusivamente para suas experiências pessoais, ou seja, ao observar, por exemplo, um gar manchado (lepisosteus oculatus) por vários anos, alimentado com peixes vivos e em um tanque absolutamente compatível , mesmo assim o animal mal passou de 0,50 m., bem aquém da média colocada na literatura especializada (0,80 m. a 1,20) salvo se foi o animal coletado na natureza já tendo alcançado o tamanho máximo da espécie.

Pedimos a opinião do professor Wilson Vianna, biólogo, criador e aquariofilista para tentarmos analisar todos os pontos que podem influenciar num crescimento saudável do peixe ornamental.

Bruno Isaías

Como sempre, o AQUAFLUX coloca em discussão temas excepcionalmente delicados, objeto de dúvidas entre toda a comunidade aquícola ornamental. Agradeço aos colegas moderadores a oportunidade de expressar minha humilde opinião.

Acredito que nenhum condicionamento que ofereçamos aos nossos peixes será melhor do que aquele que eles possuem na natureza. Para iniciarmos o estudo desta delicada questão vários itens deverão ser analisados para chegarmos a uma conclusão aceitável:

ALIMENTAÇÃO / NUTRIÇÃO
Freqüentemente cometemos o erro de super alimentar os nossos peixes acreditando que quanto mais comida oferecermos, mais eles irão crescer, no entanto, estudos recentes revelaram que a maioria dos peixes ornamentais não consegue metabolizar mais do que 36% de proteínas. Assim, podemos deduzir que uma alimentação com altos valores protéicos exigirá, a produção de um grande valor de energia, bem como, uma grande produção de enzimas digestórias. O excesso, que o animal não metaboliza, será excretado, quase que in natura, levando, inclusive, parte das enzimas digestórias produzidas no processo. Este produto, em contato com a água, estará originando os famosos “compostos nitrogenados” (nitrito, nitrato e amônia) prejudiciais à saúde dos peixes e inibidores do seu crescimento.

QUALIDADE E QUANTIDADE DA ÁGUA
Costumo dizer nos cursos que ministro que existem quatro fatores importantes na criação de peixes ornamentais: água, água, água e os outros.

A titulo de ilustração vale relatar alguns casos interessantes:

1 – O amigo e dedicado criador de Discos Roberto Romão tem vários aquários, em sua residência, sendo que um deles possui uma entrada e uma saída de água, onde a troca gradativa ocorre 24 horas por dia. Os peixes desse aquário são excepcionais; não ficam doentes e crescem bastante, chegando a atingir duas vezes o tamanho dos discos dos outros aquários. Fora a TPA constante todos os outros parâmetros são idênticos aos dos outros aquários.

2 - Eu crio acarás bandeiras albinas no meu laboratório. Quando estão com um mês de idade os filhotes são levados para o piscicultura e colocados em tanques de 4,500 litros onde completam seu desenvolvimento até o ponto de venda. Como margem de segurança algumas matrizes são mantidas em aquários, no meu laboratório. Estas matrizes jamais conseguem atingir o tamanho daquelas que ficam nos tanques com maior quantidade de água.

3 – Há alguns anos estive em Manaus e visitei alguns atacadistas de peixes ornamentais e pude observar alguns discos – nativos - criados e coletados na natureza – ENORMES – tamanhos que nunca vi entre aqueles criados em cativeiro.
4 - Tenho um amigo – pescador de discos no alto Rio Negro – Ele contou que às vezes, entre os discos que coletava, vinham alguns excepcionalmente grandes - do tamanho de um prato e ratificou: “prato dos grandes”. Infelizmente não sei se ele ainda é meu amigo ou se a sucuri já o comeu, pois há dois anos que não tenho contato.

FATORES HORMONAIS

O hormônio do crescimento, somatotropina ou GH é um dos principais responsável pelo desenvolvimento dos peixes, uma vez que promove processos anabólicos para o crescimento dos músculos e ossos e o desenvolvimento físico e funcional das vísceras. Vários fatores poderão inibir a produção do GH, entre eles um velho conhecido: “o estresse”.

É muito comum encontrarmos peixes ornamentais sendo obrigados a viverem em situação de estresse, às vezes, por toda a sua vida. E quais seriam as situações de estresses mais comuns aos nossos peixes:
a)água com parâmetros físico-químicos incompatíveis com a espécie;
b)alta concentração de matéria orgânica;
c)choque térmico;
d)redução na concentração de oxigênio dissolvido;
e)condicionamento inadequado;
f)deficiência nutricional;
g)medicamentos em excesso ou indevidos, principalmente antibióticos;
h)super população, e
i)choque nos parâmetros físico químico (pH e DH).
Todos os ícones supracitados são entraves para o desenvolvimento saudável de nossos peixes. “E qual de nós nunca os submeteu a uma dessas situações, por descuido, por esquecimento, por doença, entre outros”.

Vale ressaltar, entretanto, que, na natureza os peixes também passam por situações de estresse, no entanto, geralmente elas são temporárias, como por exemplo: ataque de um predador; contenda por liderança, disputas por alimentos, etc; em todas essas situações o perdedor ou é comido ou se afasta, encerrando, desta forma, o estado de estresse.

A TEMPERATURA DA ÁGUA
Este é outro parâmetro que deve ser considerado no processo de crescimento, pois, por serem pecilotérmicos, os peixes regulam a temperatura do seu corpo à temperatura da água. Assim, todas as atividades fisiológicas seja digestão, respiração, reprodução, alimentação, etc, são diretamente influenciadas pela temperatura. Cada espécie tem uma temperatura ótima para o seu desenvolvimento, sendo que, aquelas acima ou abaixo estarão influenciando, também, diretamente o crescimento do peixe.

ILUMINAÇÃO
É evidente que a luz do sol é a mais adequada, porém não podemos simplesmente colocar o aquário no sol e pronto, pois desencadearia uma série de processos indesejáveis, tanto para os peixes como para os aquariofilistas. Na natureza, os peixes se expõem aos raios solares o quanto necessitam, no entanto, há locais onde eles se refugiam quando não há mais esta necessidade.
A iluminação é importante para a absorção de algumas vitaminas como por exemplo a vitamina D, que regula o metabolismo ósseo e a deposição de cálcio nos ossos, fator importante para o crescimento. A vitamina D promove a absorção de cálcio, sendo necessário, para tal, a exposição do organismo à luz.
CONCLUSÃO:

Como vimos estes são apenas alguns dos parâmetros que deveremos estudar para entendermos porque os nossos peixes não crescem tanto quanto aqueles que estão em seus habitats.

Acho que este assunto daria uma excelente tese de doutorado, na área de nutrição animal.

Wilson Vianna
Centro de Estudos de Aquariofilia-CEA
Associação de Aquicultores Ornamentais do Estado do Rio de Janeiro-AQUORIO
wovianna@oi.com.br

fonte:
http://www.aquaflux.com.br/conteudo/artigos/fatores-limitantes-do-crescimento-dos-peixes-ornamentais.php

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Como construir seu próprio aquário




Duas grandes dúvidas dos aquaristas são quanto à possibilidade de fazer seu próprio aquário e se isto seria vantajoso. De antemão, posso dizer que ambas as respostas são afirmativas. É perfeitamente possível você construir seu próprio aquário, desde que siga alguns critérios de projeto. Quanto à questão de ser vantajoso, isto é relativo. Se bem feito, pode haver uma economia de até 40%. Apesar disso, qualquer erro mínimo pode levar todo o trabalho a perder, fazendo você gastar mais do que se comprasse em uma loja e ainda perdendo alguns privilégios deste ato. Seguindo os passos abaixo, você tem grande chance de ter sucesso:

1. Projeto: é importante o projeto de todo o aquário em um papel. Deve-se calcular todas as medidas, levando em conta todos os aspectos, até mesmo a espessura do vidro a ser usado. Por exemplo, se o vidro for de 5 mm, a largura da base terá que ser a do vidro lateral mais 1 cm, proveniente da espessura dos vidros frontais. Às vezes, se isto não for levado em conta, os vidros não "encaixarão".

2. Material: são necessários os vidros do aquário, uma seringa, um tubo de cola à base de silicone, uma flanela, álcool e uma pedra para polimento.

2.1 Vidro: o vidro pode ser qualquer um, desde que respeite uma espessura mínima, condição para que o aquário não se rompa. Abaixo, vai uma tabela com alguns exemplos:

Comprimento (cm) Largura (cm) Altura (cm) Espessura (mm)
40 30 30 3
50 30 30 3,5
60 40 40 4
80 50 40 5
90 50 40 6
100 60 50 7,5
110 70 50 9,5
120 70 60 11,5
130 70 60 14
150 80 70 17
Para montar seu aquário, você precisará de 7 pedaços de vidro: vidro do fundo, frente, vidro traseiro, duas laterais e duas travas. Para moldá-los ao tamanho do seu aquário, você tem duas opções: comprar o vidro já cortado no tamanho certo ou cortá-lo com um diamante. Para isso, põe-se uma régua no local do corte, e passa-se o diamante, que riscará o vidro. Após isso, é só dar uma "batidinha", com o cabo da ferramenta mesmo. Atenção: qualquer erro, mesmo que milimétrico, pode fazer com que sobrem espaços na colagem do vidro.

2.2 Seringa: a seringa servirá para pôr a cola, para facilitar a colagem.

2.3 Cola de silicone: dê preferência às de colagem rápida e indicadas para aquários, que são mais resistentes. Evite as que tenham anti-mofo, anti-fungos, ou qualquer coisa do tipo, pois podem comprometer a vida do aquário.

2.4 Flanela: serve para a limpeza das mãos e do aquário.

2.5 Álcool: serve para limpar os vidros do aquário.

2.6 Pedra para polimento: serve para polir o aquário, evitando acidentes.

3. Preparação: antes de iniciar a colagem, deve-se preparar os vidros. Faça o polimento de suas bordas, para evitar possíveis acidentes (cortes). Após isso, limpe todo o vidro com uma flanela e álcool, para que a cola possa aderir melhor.

4. Colagem: para facilitar a colagem, ponha a cola dentro de uma seringa de 10 ml. A cola será aplicada com a seringa. Para colar os vidros, passe cola na face de um deles e aproxime a borda do outro (de acordo com a figura abaixo).

Inicie pelas laterais, colando-as uma a uma, formando um retângulo. Se preciso, utilize um esquadro (aparelho de madeira que tem um ângulo reto), para garantir que as paredes do aquário formem 90º entre si. Dependendo da cola, pode ser que seja necessário usar fita durex, para manter os vidros na posição. Aguarde secar um pouco. Depois da secagem, é a hora de colar o fundo. Passe cola sobre o vidro do fundo (do mesmo modo que nas laterais) e coloque o retângulo formado pelas laterais sobre este, de acordo com a figura abaixo:

Passe cola por dentro, aproveitando para reforçar a colagem lateral. À medida que for pondo cola com a seringa, vá passando o dedo, para que ela ocupe todos os espaços. Faça o mesmo com o fundo. Depois, passe cola nos vidros frontal e traseiro e ponha as travas, de acordo com a figura abaixo:

5. Teste: após 24 horas de secagem, teste o aquário com água. Se estiver vasando, seque-o e passe mais cola. Quando não houver mais vasamentos, seu aquário estará pronto.

fonte: http://www.ultramix.com.br/aquarismo/construcao.php